Em comemoração ao mês do orgulho e visibilidade lésbica, o Museu da Diversidade Sexual (MDS), instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, vai abrir no dia 19 de agosto a exposição “Quando as lésbicas se levantam: a luta e a resistência sapatão nos anos 80”. A mostra conta, por meio de cartazes, cartas, vinis raros e fotos, a história de um dos movimentos mais importantes da comunidade LGBTQIAP+ e que muitas vezes é invisibilizado nas lutas.
Com curadoria das pesquisadoras e ativistas, Rita Quadros (Cine Sapatão) e Daniela Wainer (Gaavah) a exposição compartilha as formas de resistência sapatão no Brasil nos anos 80, momento em que aexistência lésbica passa a ser entendida de forma política. Além disso, também será projetado em 3D um vídeo do Ferro’s Bar, espaço historicamentereconhecido como berço do movimento lésbico brasileiro no começo dos anos 1980e local onde mulheres lésbicas podiam expressar sua identidade mesmo lidandocom tensões e censuras dos donos e dos arredores.
Em consonância com a inauguação, o MDS preparou uma programação especial na semana da visibilidade lésbica. No dia 19 de agosto haverá, em colaboração com Sesc 24 de Maio, o Museu Judaico, o Cine Sapatão, o Gaavah e o Arquivo Lésbico Brasileiro, o “Orgulho Lésbico – 40 anos do Levante do Ferro’s Bar”. O evento, que reúne artesãs, musicistas e poetas, terá como ponto alto a apresentação das Sapatrônicas, grupo que promoverá uma caminhada do Ferro’s Bar até a nova sede administrativa do MDS.